Sunday, September 30, 2007

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Quem é quem afinal?
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Este tema não é novo, muitos de vocês até já devem ter tropeçado nele. Eu já. Foi uma queda linda, mas já lá vai, agora até me dá vontade de rir e tenho pena do ser em questão. Do que falo?, das máscaras que usamos na Blogosfera e na Internet. As máscaras que usamos servem - se formos seres decentes - para nos protegermos, isto é: nós temos as nossas vidas privadas e não é pelo facto de gostarmos de escrever que somos obrigados a expor essa parte da nossa vida. É compreensível. Até eu que não sou de cá, consigo entender este conceito.
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O que não entendo são aqueles seres que se escondem por detrás das máscaras para prejudicar outros seres, ou para fingirem que são preto quando na realidade são branco. O que motiva estes terrestres?
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Imaginem uma terrestre - pode ser um terrestre - que escreve textos sobre a arte do amor. Que se glorifica das suas conquistas amorosas, que escreve a alto e a bom som que é uma deusa linda de morrer e que, por artes mágicas descobre-se que ela é tudo menos linda de morrer como berrava. Que dizer disto?
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Depois temos aqueles casos de pessoas doentes. Trocas de identidades. Vocês pensam que andam a falar com uma rapariga e andam a falar com um rapaz e vice-versa. Que raio?!
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E porque motivo estou a falar destas máscaras? Perguntam vocês, como sempre. Porque calhou eu ter esbarrado com mais umas máscaras e não me contive. A minha primeira reacção foi rir, - mais máscaras! - mas depois pensei nas pessoas que andam a ser enganadas.
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Não vou conferir um tom paternalista a este texto e dizer para abrirem os olhos e terem cuidado porque cada um sabe de si, apenas acho que neste meio, nem tudo o que parece é. E as palavras podem ser muito bonitas, mas nós nunca sabemos quem está por detrás do ecrã até ao dia em que nos apeteça convidá-lo/a para tomar um café.
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Quanto às motivações destas pessoas, não as entendo? Serão pessoas vazias? Serão tão desequilibradas ao ponto de não terem consciência de que não se deve brincar com os sentimentos dos outros, ou que fingir que se é algo que nunca se foi é sintoma de que não se está bem. Não sou psicóloga, sou apenas uma alien que costuma dizer as coisas como as vê.
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Eu retiro a minha máscara a partir do momento em que a pessoa chega até mim, e elas sabem quem são.
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Mas isto sou só eu.

Wednesday, September 26, 2007

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Amor de Mãe
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Sempre fui uma Alien virada - às vezes do avesso - para as artes. Desde pequena que demonstrei aptidão para o desenho e incentivada pela minha tia, lá ia desenhando pequeninos aliens que apontava à posteriori como sendo os respectivos membros da nossa família. Fui desenvolvendo o meu traço e descobrindo seres que realmente sabiam desenhar e pintar. O engraçado é que a arte é algo muito subjectivo. Hoje, meus queridos terrestres quero falar de algo que para mim é arte, quando executada por verdadeiros mestres. As tatuagens.
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Já estou a imaginar a cara de alguns de vós. As tatuagens? Isso é coisa de presidiários Alien! Sim é! Se nunca viram uma tatuagem bem executada , se nunca viram uma tatuagem que parece uma verdadeira fotografia, ou uma reprodução de um quadro.
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Vamos a apresentações. Esta é a equipa da Miami Ink.
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Ok! Feios, porcos e maus dizem vocês. Mas eu acrescento: com muito talento.
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Ami - O rebelde. É sócio da loja e um excelente tatuador. Consegue ser insuportável por vezes, mas é humano, dou-lhe um desconto. Aquelas mãos já produziram tatuagens de me deixarem de boca aberta e nenhuma delas dizia: amor de mãe
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Chris - É um génio, é como o vejo e não sou só eu. A sua reputação é tal que certos terrestres viajam quilómetros apenas para serem tatuados por ele. Adora a arte de tatuar chinesa e é um mestre nesta área. É graças a ele que a loja adquiriu uma extraordinária reputação.
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Nunez - O outro sócio. O sex symbol para as terrestres de Miami. É outro excelente tatuador, tal como Ami, apesar de ambos terem consciência de que Chris é a estrela que mais brilha naquele universo. Já o vi passar para o papel certas ideias de clientes que pensei serem impossíveis de executar.
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Daren - A simpatia. Já o vi refazer 4 vezes um desenho que estava perfeito da primeira vez. Não deve de haver nada mais frustrante para um artista do que saber que aquele era o esboço ideal e ter de o alterar, porque o cliente não gostou, mas são ossos do ofício. Já o Ami quando não gosta das alterações que o cliente pretende recusa-se a fazer a tatuagem. O Daren é a paciência em pessoa.
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Yoji - O aprendiz - Só faz porcaria. Ultimamente lá tem feito umas coisinhas, mas sempre com a equipa toda de volta dele. Já tatuou um porco, já tatuou Daren - o seu colega - e já fez sofrer uma cliente durante 8 horas por uma tatuagem minúscula. Enfim, é um elemento que por enquanto serve mais como entertainer.
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Kat - A rival de Chris. A genialidade no feminino. Apesar de ainda ser nova, Kat é quem está mais perto da genialidade de Chris. Nem ele consegue tatuar a preto e branco como ela. A sua especialidade são retratos. Para aqueles que sabem desenhar, têm a noção do quanto é complicado pegar numa foto de alguém e passar essa figura para o papel. Pois bem, esta menina, desenha a pessoa que se encontra representada na foto no corpo do cliente e, fica igual. É impressionante. Se isto não é arte, então eu tenho de rever o meu conceito de arte, porque uma bola a rodar com luzes à volta a quem alguém chamou de instalação, para mim também não é arte.
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Antes de vos dizer porque carga de água decidi apresentar estes meus amiguinhos. Quero que dêem uma vista de olhos por estas tatuagens. E sim, são tatuagens.

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Para aqueles que afirmam a pés juntos que tatuar não é uma arte, eu peço-lhes que peguem num lápis e tentem passar para o papel estas tatuagens que eu aqui coloquei. Se a muito custo conseguirem, pensem como seria se o tivessem de fazer com uma máquina instável que tem na ponta uma pequena agulha.
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Abordando agora o outro lado da moeda. Os tempos mudaram. Mas a discriminação ainda existe. Para quem gosta de fazer tatuagens e para quem as faz. É uma triste realidade. No verão dá gozo exibir as tatuagens - quem as tem - , mas no Inverno se for o caso de se andar à procura de emprego, convém esconder bem escondidinha a tatuagem - ou as tatuagens - porque estas ainda definem aquela pessoa como alguém que não é de confiança. Nos dias de hoje, os terrestres ainda são definidos pela paixão pelas tatuagens. E de uma forma nefasta.
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Até entendo que ter a cara tatuada não fica bem quando estamos numa reunião de negócios, agora, perder um emprego porque o entrevistador vislumbra uma tatuagem no pulso do entrevistado. Isso já não entendo!
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Cada vez mais as tatuagens fazem parte da nossa cultura e, se os terrestres vão continuar a ser descriminados por terem no seu corpo uma tatuagem dedicada a um familiar que já faleceu ou por terem no seu corpo uma palavra que lhes transmite força ou ainda uma imagem que os inspira. Teremos de parar para pensar - gostando ou não de tatuagens - se esta discriminação não é tão ou mais estúpida como tantas outras que por aí andam a passear.
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Para finalizar, e dando um pontapé na discriminação, limito-me a dizer que: gostaria muito de ter mais uma tatuagem feita pela equipa da Miami Ink

Mas isto sou só eu
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Ink to paper is thoughtful, Ink to flesh hard-core.
If Shakespeare were a tattooist
We'd appreciate body art more.
Carrie Latet

Saturday, September 22, 2007

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Por favor acordem-me.
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Um terrestre amigo, enviou-me por e-mail este telegrama. Apesar de não ter um apêndice entre as minhas alienígenas pernas, ao acabar de o ler senti um calafrio. E lembrei-me de um amigo meu - história verídica - que tem um sentido de humor único é um ser humano ímpar. Quando estava prestes para entrar para a sala de operações para que lhe fosse removido um tumor que se encontrava instalado perto do cérebro, tendo ao seu lado uma senhora de certa idade virou-se para a terrestre e perguntou que raio lhe iam fazer. Esta respondeu que ia ser operada à perna. Ele com uma cara muito séria virou-se para a velhota e disse: só espero que não me operem a mim à perna e a si ao cérebro!
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Lembrei-me deste meu amigo terrestre quando vi esta imagem do pénis amputado. Claro, dizem vocês: Ó Alien, mas essa imagem é brincadeirinha! Pois é amiguinhos, é brincadeirinha. Mas fez-me lembrar o estado em que se encontra o nosso sistema de saúde e, como daqui a uns tempos um familiar vai à faca, ando mais preocupada do que o costume.
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Antes do verão fui à faca. Se tive receio? Tive. Mas, agora é que são elas: paguei uma fortuna. Não digo que não sucedam erros nos hospitais privados, também acontecem. Agora, a forma como o ser humano é tratado só porque paga faz toda a diferença. O que é revoltante. A mãe Alien foi operada - uma operação bem mais grave do que a minha - num hospital público e, eu tive de fazer das tripas coração para ela ter condições, para lhe proporcionar tudo. É triste. Quem paga tem tratamento VIP, quem decide optar por um hospital público porque até acredita que naquele hospital se encontra a melhor equipa cirúrgica para o caso em questão, tem um tratamento de segunda classe.
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Para finalizar. O dia em que percebi que vivemos num país de segundo mundo, foi no dia em que me encontrava em Paris e fui confrontada com um problema no joelho. Eu e o amigo com quem me encontrava ligámos de imediato para a terrestre amiga que nos albergava, que nos disse de imediato qual seria o hospital a que nos deveríamos dirigir.
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Entrámos. Deram-me uma ficha para preencher, mas eu disse que estava cheia de dores - ao contrário de cá - a enfermeira olhou para o meu amigo e disse que ele a podia preencher e levou-me com ela. De imediato levaram-me para tirar um raio-X. Esperei um bocado. Passado mais ou menos 10 minutos, veio um médico já com as minhas radiografias que me examinou e me disse o que eu tinha. Receitou-me uns medicamentos e adivinhem? Ainda me informou de uma farmácia nas imediações aonde eu os podia comprar.
Saí de boca aberta. Se paguei? Não. Nada.
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Acordem-me. Quando eu estiver a viver num país em que trate todos os terrestres da mesma forma. Como merecemos. Não é só pagar impostos. Não é só dizer que o país precisa de nós, nós também precisamos do país.
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Mas isto sou só eu, amarga? ou realista?
A segunda hipótese, conheço bem demais os corredores brancos.

Wednesday, September 19, 2007

Debbie Harry - Two Times Blue


Não tenho por hábito dar destaque aqui no Aliens’s a vídeos - só o fiz uma vez - mas hoje meus queridos terrestres a musica é outra.
O actual panorama musical só me oferece mais do mesmo, salvo raras excepções e, não podia deixar de tirar o chapéu a esta senhora.
A vocalista dos lendários Blondie. Não é que Debbie Harry já na casa dos sessenta resolve surpreender mais uma vez. Two Times Blue.
A voz, única.
O estilo,característico.
A musica, para ser saboreada. Bolas, estava mesmo a precisar de peixe, ando tão farta de carne.


“When you tell me that I’m a double timer
Well to me this doesn’t add up
You can call me Miss Calculation
But I can’t give up
I love you through and through
Well maybe I could’ve been better
Yeah, maybe I’ve been kind of bad
But I know, oh yes I know
You’ll be two times blue if I go
I know, oh yes I know
You’ll be two times blue if I go”


Este vídeo é dedicado ao meu Primo Alien David Portela. Sim, foi emocionante termos conversado com esta senhora.
Ainda te lembras daquele aperto de mão? ;)

Sunday, September 16, 2007

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O Cosmo da Cosmopolitan
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Uma Alien tem de estar sempre bem informada. É um facto. A informação é poder para alguém que como eu aterrou aqui por um acaso do destino.
As relações entre os seres humanos são sem dúvida um enigma para mim e, tenho de confessar que estes fazem um excelente trabalho em confundir o meu neurónio instável
. Mas, aos poucos lá vou tendo uma noção de como vocês interagem.
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No outro dia dei por mim no meio de uma turbulenta discussão – fui uma testemunha passiva – sobre as "ditas" revistas femininas. Reparei que os terrestres que gostam de ler aquelas “ditas” revistas masculinas como a Maxmen ou a outra que tem nome de rádio, eram aqueles que mais deitavam abaixo as “ditas” femininas. Estranho, tendo em conta que – para quem vê as coisas de fora como eu – apesar de o público-alvo ser diferente, há conceitos muito parecidos quando olhamos para as "ditas" femininas e as "ditas" masculinas, mas isto é material para outra divagação.
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Afinal o que há de tão errado com as revistas femininas? Resolvi investigar, e como sou uma Alien preguiçosa e inteligente, comprei apenas uma revista. Aquela que tem o maior número de leitores. Não estava com vontade de ler 10 revistas num só dia. Cosmopolitan. Cosmo. Tenho de admitir que me identifiquei com o nome. Saudades de casa, talvez?
Vamos ao que interessa. Tenho a sensação de que os terrestres masculinos não estão interessados em que as suas fêmeas andem informadas sobre determinados detalhes. Detalhes insignificantes por vezes, mas que podem fazer toda a diferença em determinadas situações.
Vamos a uns exemplos de como a criatividade das mulheres é estimulada e não danificada – como muitos apregoam – por estas revistas.
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Tomei notas.
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O casal combinou ficar em casa para assistir a um filme. A terrestre ao ouvir as mensagens deixadas no atendedor do telefone, depara-se com um problema. O melhor amigo do companheiro quer ir para os copos. Que fazer? Simples. Em nome da estabilidade da relação, a terrestre descaradamente apaga a mensagem.
Pareceu-me um conselho interessante.
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O companheiro é daqueles que tem por hábito deixar sempre a tampa da sanita levantada. Sempre com um sorriso, chame a atenção do seu parceiro para o facto. Como à terceira é de vez, não lhe diga nada. Coloque uma tesoura em cima do autoclismo. Acredite que quando este for tirar o dito cujo para fora e vir a tesoura vai ter um arrepio na espinha e, a sua mensagem terá chegado ao destinatário. Desta vez de uma forma eficaz.
Não me pareceu nada mal pensado este conselho.
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Ele esqueceu-se do dia do vosso aniversário. Não amue. Não faça uma cena. Este esquecimento é uma arma à sua disposição para os tempos que se seguem. Ele fará tudo o que você desejar para a compensar pelo esquecimento. Ele não vai querer passar meses sem sexo. Fará tudo para a compensar, lembre-se.
Outro conselho que me pareceu interessante.
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O seu parceiro anda há semanas a tentar convencê-la a alinhar numa Ménage à trois. Você não está para aí virada porque, não o quer partilhar com outra. O seu homem não pára de insistir. Que fazer? Você concorda. Mas, com uma condição: você será a única mulher na cama, peça-lhe para que escolha um amigo lindo de morrer para passarem os três uma noite de sexo inesquecível. Vai ver que ele esquece logo a Ménage.
De novo, interessante. Deveras.
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Você descobre que o seu marido anda a responder aos comentários da Alien de uma forma atrevida. O que fazer? Ignorar, a Alien sabe que o seu marido é casado e está a fazer figura de palhaço. Não se esqueça de que ela tem poderes.
Uau! A revista fala sobre mim, estou a ficar famosa.
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Os exemplos são infindáveis. O que aprendi? Resumindo: se calhar os terrestres que lêem as "ditas" revistas masculinas arrasam as "ditas" revistas femininas porque isto resume-se a uma saudável guerra dos sexos. O macho não quer que a fêmea se torne por demais criativa, teme o efeito "cosmo" porque não quer perder o controlo sobre a relação. Mas será que as terrestres necessitam realmente do efeito "cosmo" para controlar uma relação, ou a cosmopolitan apenas lhes dá ideias?
Um dia destes tenho de analisar as "ditas" revistas masculinas.
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Para finalizar, nem tudo são rosas, li coisas que me fizeram sair de casa a correr e tocar às campainhas de todos os prédios que encontrei num raio de um quilómetro.
Passei-me.
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Encerro o tema com esta frase.
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Até no meio do lixo podemos encontrar uma obra de arte.
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Mas isto sou só eu.

Friday, September 14, 2007

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O encontro.
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Já tinha reparado nela. Não havia como não, de cada vez que a ouvia sentia que um dia ainda nos iríamos sentar para conversar. Não sei se esta sensação se manifestava somente no meu inconsciente ou se tinha deveras a percepção do que estaria para acontecer. A minha vida decorria numa normalidade estacionária. Uma normalidade igual à de tantos outros, com a diferença de ser a minha vida e a minha normalidade ser anormal para muitos. Não me perguntem porque motivo ela reparou em mim. Terei falado alto demais? Tal como eu, no que lhe dizia respeito, talvez ela ouvisse com ponderação as palavras por mim enunciadas. Certo dia, enquanto ouvia as vozes dos outros, dos que me rodeavam. Ela aproximou-se. Sentou-se ao meu lado e disse que tinha uma história para me contar, uma história sobre o tempo, sobre a sua fugacidade. Escutei. Quando terminou, senti dentro de mim uma desmesurada desordem de sensações que conduziram à superfície emoções de um calibre excessivo. Não podia ser! Aquela história não podia ser real. Com um sorriso sereno, assegurou-me que era. Com a promessa de que voltaríamos a falar, afastei-me. Agora, encontrava-me perante um dilema. Seguir em frente, mergulhando uma vez mais na normalidade anómala da minha vida, ou parar para pensar na história da fugacidade do tempo? Parei. Pensei. Lutei contra sentimentos contraditórios. A história não me tinha agradado, mas quem a contou sim. Debati-me contra o meu enraizado egoísmo que já vem de longe. Um egoísmo que me protege, aprendi com a vida que tenho de me resguardar para não sofrer. E este resguardo muitas vezes pode ser traduzido numa ténia e covarde palavra: fuga. Iria voltar aquele banco aonde tínhamos conversado ou iria fugir? Retornei. Ela era uma pessoa encantadora que só iria acrescentar em vez de subtrair. Desta vez, coloquei numa prateleira bem elevada o meu egoísmo, os meus receios. Não ia a lado nenhum. A fugacidade do tempo não me iria paralisar. Desde então, encontramo-nos sempre que nos apetece no nosso banco. A cada dia que passa gosto mais dos momentos partilhados e, da pessoa com quem os reparto. No nosso tempo há espaço para gargalhadas, para sorrisos, para conversas. No nosso tempo este não é fugaz. Hoje posso dizer que a considero uma amiga, palavra que uso somente quando faz sentido, quando está envolvida por uma genuína intensidade. A força que ela me transmite é colossal e, mesmo sabendo dos seus momentos de fraqueza é uma inspiração para mim, apesar de não se achar meritória de o ser.
Irei estar sempre nas imediações do nosso banco. Por ela, apaguei do meu léxico a palavra fuga.
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Este texto, só tu o vais entender.
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I run for hope. I run to feel, i run for the truth of all that’s real.
I run for you and me my friend.
I run for life.
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PARABÉNS, um dia feliz! Aqui mando eu. Adoro-te
(gargalhada)

Wednesday, September 12, 2007

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Bloquear as Pesquisas na NET. Huh?
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Say it again Sam!
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Esta bola anil está a ficar cada vez mais interessante, tamanha é a estupidez de determinados seres humanos. Estupidez esta que pode sair cara à raça humana.
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Então não é que o Comissário Europeu da Justiça e Segurança, quer impedir que os motores de busca da Internet possam procurar palavras como bomba, genocídio ou terrorismo. Não, não estou a brincar, até que me está a apetecer falar a sério, não sei porquê?, mas está. Segundo este simplório, a ideia inicial era impedir que as pessoas acedessem a sites que ensinam por exemplo a fazer bombas.
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E eu pergunto: Ó senhor comissário, sabia que antes do aparecimento da Net, já se fabricavam bombas caseiras?
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Mas este senhor acrescenta que a Net facilita a partilha de conhecimento e a distribuição de propaganda a uma vasta audiência e por outro lado intensifica as ligações entre membros de células terroristas.
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Mas aí vem a "tal" questão.
Indagado pela Reuters sobre se será correcto impedir as pesquisas associadas ao tema terrorismo, o responsável italiano diz que ensinar a fazer explosivos nada tem a ver com a liberdade de expressão ou informação das pessoas.
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Ah, então está bem seu comissário. Nada disto tem a ver com a liberdade de expressão ou informação, tem a certeza? Absolut/a?
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O advogado Manuel Lopes da Rocha, especialista em direito da Internet, diz que a ser aprovada esta é uma medida limitadora e grave. O advogado defende ainda que o terrorismo se combate com outras medidas e não tentando controlar a Internet. Bem me parecia que não estou a ficar mentecapta , é que a palavra controlo andava para aqui a martelar na minha cabeça - non-stop - e eu a tentar perceber o porquê.
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O senhor comissário que deseja a todo o custo implementar esta medida já parou para pensar que se esta fosse realmente eficaz, se esta fosse dar cabo dos terroristas, o presidente Bush já teria arranjado uma forma de ser ele mesmo a implementar este absurdo em vez de andar a brincar às guerras?
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E já agora senhor comissário, quando decidir alargar o leque das palavras proibidas incluindo: pedofilia, sexo, morte, esfaqueamento, tortura, armas de fogo, caça, estupefacientes, violação; e por aí adiante. Aposto que já estão na sua agenda. Após banir todas estas palavrinhas, tente fazer uma pesquisa on line para encontrar um artigo que lhe interesse e diga-me se teve sorte.
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Serei só eu a achar que este terrestre não se encontra bem, que deve de andar com problemas domésticos e resolveu inventar esta merda só para nos chatear?
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São tantas as proibições que nos querem impingir que já começa a fazer confusão. E já repararam que segundo estes senhores as proibições, as limitações às nossas acções são sempre para nosso bem? São sempre para nosso bem.
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Concordem. Discordem.
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Eu sinto-me a sufocar.
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Mas isto sou só eu

Tuesday, September 11, 2007

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"The people to fear are not those who disagree with you, but those who disagree with you and are too cowardly to let you know."
Joe Moore
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I agree!
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Mas isto sou só eu

Saturday, September 08, 2007

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O Pombo Correio nem recebe subsídio de desemprego.
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A evolução do ser humano é um processo natural e irreversível e, acarreta um número infindável de consequências que podem ser nefastas, dependendo claro, do ponto de vista de quem as observa. Há coisas que me fazem pensar. Muitas delas são ridículas para alguns terrestres, mas não o são para mim, e isso é o que interessa. Eu. O que me chama a atenção e o porquê?
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O meu neurónio é muito instável, muitas vezes tenho de o acordar, outras tenho de lhe pedir por favor para trabalhar. Quando o faz até que se porta bem, mas é deveras instável. O que evidentemente faz com que o meu processo de aprendizagem seja lento. Admito. Sou uma Alien lenta porque tenho uma porra de um neurónio instável.
No entanto, quando estamos os dois em sintonia reparamos em detalhes que por vezes são grandes.
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Este anúncio da Fedex não está aqui à toa - ainda não atingi o patamar da insanidade total - está aqui com um propósito elementar, o de ligar dois mundos.
Por este Portugal a fora, será que em alguma aldeia perdida no mapa, os Pombos-Correios ainda têm emprego? Será que ainda percorrem o céu levando consigo uma mensagem que deixará uma pobre alma mais informada?
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Tenho de vociferar bem alto: sou contra a situação em que se encontram os Pombos-Correios; no desemprego.
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Acham ridículo? Então digam-me uma coisa meus queridos terrestres. Não é muito mais ridículo o poder que as novas tecnologias detêm sobre a raça humana?
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O anúncio da Fedex brinca com isso, ou podemos dizer que tenta ir contra a corrente. Uma carta enviada através da Fedex chega primeiro do que um e-mail ou uma SMS ou até do que um telefonema. Não é possível, eles sabem. Mas brincam, e o anúncio tem piada porque desafiam a rapidez dos outros meios.
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O ser humano já não sabe viver sem os brinquedos que a evolução lhe proporcionou. Mas, deixem-me que vos diga que é um pouco - para não dizer muito - ridículo, ver no metro, nos autocarros, na rua, terrestres agarrados aos seus telemóveis enviando mensagens como se estas fossem salvar o planeta. Como se da urgência daquela mensagem dependessem vidas humanas.
E quando não existiam telemóveis? Por onde andava a passear a urgência?
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Claro que eu também poderia falar dos terrestres em miniatura que são uns agarrados de primeira, uns viciados em jogos de computador, de playstation, poderia. Mas não vou, é um assunto por demais batido.
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Também poderia falar da loucura pelo Ipod. Mas não vou.
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Se me desse na cabeça, também poderia falar nos viciados na Net. Naqueles que até quando vão de férias levam o computador. Mas não vou.
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Até quem sabe, poderia falar naqueles terrestres que ficam em casa num sábado à noite para desfrutar dos 300 canais que têm à disposição na sua T.V. Mas, descansem não vou falar deles.
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Podia falar, mas digo desde já que não vou, sobre os terrestres que têm de ter sempre o último modelo de todos os aparelhos que já possuem.
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Claro que temos aqueles terrestres que não sabem viver sem um atendedor de chamadas. Mas, também não vou falar desses.
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Eu poderia falar de tanta coisa. Mas o que realmente me chateia é ver o Pombo-Correio no desemprego, ignorado, desprezado, apenas porque agora temos umas coisas electrónicas que dão jeito.
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É alarmante se prestarmos atenção às estatísticas. Existem mais Pombos-Correrios no desemprego do que humanos, quando estes existem para servir os humanos. O Pombo-correio vive agora da caridade de alguns e os humanos lá vão enviando SMS urgentes, que vão salvar o planeta.
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A evolução pode ser madrasta para alguns. Basta perguntar ao Pombo-Correio.
E já agora, é madrasta para vocês?
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Eu, sinto muito pelo Pombo-Correio.
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Mas isto sou só eu

Tuesday, September 04, 2007


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Um Regresso Atribulado.
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E não é que os humanos estão mesmo perdidos.
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As férias foram excelentes, ponto final parágrafo.
Vá lá, não fiquem com essa cara esmorecida, tenho de filtrar o conteúdo da informação que coloco aqui e achei mais interessante contar o motivo deste meu "atraso" do que descrever o que fiz ou deixei de fazer nestas férias. Já vejo um sorriso, ou não?
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Então foi assim: logo ao levantar voo, lembrei-me que me tinha esquecido de atestar a minha nave, assim, na segunda galáxia a seguir à minha, virei à direita a seguir ao planeta boxter e atestei a máquina. Erro crasso. Misturei dois tipos diferentes de combustíveis e durante 1 hora voei o tempo todo aos soluços. Já estava enjoada, como se tivesse assistido a uma maratona de telenovelas da TVI.
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Ainda não me tinha recomposto e recebo uma transmissão da terra, era a mãe Alien.
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Fod%-se! Eu só queria chegar a casa e descansar. Missão dada pela mãe Alien: comprar uma prenda para o filho de uma amiga nossa. Só comigo! Lá deixei a nave a pairar sobre o Colombo e corri para um loja de brinquedos. O miúdo tem 5 anos, que raio comprar?
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Não me perguntem porquê, mas a palavra "LEGO" foi a primeira que o meu cérebro materializou. Está feito, pensei eu. Às vezes sou tão ingénua no que toca aos humanos.
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Quando olhei para a montra não queria acreditar. Mas que pais oferecem isto aos filhos? Está tudo passado dos cornos?
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Tirei várias fotos porque sabia que ninguém ia acreditar em mim.
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E vejam bem esta que se segue. Meus Deuses do Universo!
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Ora bem, eu não sou nenhuma pudica - pelo contrário, ups! - mas não me parece bem que estes legos tarados se estejam a divertir numa loja que vende brinquedos para crianças.
Decidi investigar. Entrei na loja e dirigi-me a uma rapariga que se encontrava atrás do balcão.
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Como não tenho paciência para rodeios, indaguei a moça sobre os legos tarados sexuais. E não é que fiquei com a certeza de que os humanos precisam mesmo de ajuda. A moça disse-me que os legos tarados sexuais eram uma novidade para ajudar os pais a preparar os seus filhos para uma vida sexual saudável.
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Para uma quê? Então agora os terrestres em miniatura, de 5, 6, 7 anos vão levar com estes legos tarados sexuais? Nem quero imaginar os danos que vão ser infligidos nestes pequenos seres. O futuro não me parece brilhante.
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Perguntei à moça se tinha algo para uma criança de 5 anos que não envolve-se o acto da cópula. Acabei por sair da loja com um boneco do homem-aranha. Vestido.
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Ao regressar à minha nave - antes de arrancar - parei para pensar. Que mais se terá passado durante a minha ausência? E ainda venho a tempo de fazer algo por esta raça? Ou os danos foram por demais profundos?
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Estou amedrontada.
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Mas isto sou só eu