-

Até ao meu regresso!

-

É favor não sujar a casa.

-

Domingo, 5. Vou regressar ao meu planeta. Vou deixar para trás a raça humana. O escarrar para o chão o coçar os ditos cujos em público, as "cuscices" sobre quem anda a comer quem - e não!, não me estou a referir à comida que ingerimos para não morrer à fome - foi um aparte para os mais ingénuos, ou para aqueles que possam pensar que o texto tem uma gralha.

-

No entanto, como uma alma sábia um dia referiu, também vou sentir falta das virtudes do ser humano. Pausa, para pensar nas virtudes. Prolongamento da pausa. Vou buscar água, já venho. Ainda em pausa.

Play. Vou ter saudades de determinados seres humanos. Que naturalmente não cospem para o chão nem para o ar. Seres que me fazem questionar se serão mesmo humanos? O que para mim é uma virtude. Passo a explicar. Existem neste mundo, seres humanos dotados de uma generosidade, de uma força interior tão grande que me fazem ter vergonha de ser um Alien. Entendem? Não?

-

São aqueles seres humanos que eu não consigo definir, que têm "algo". E que me fazem crer que ainda vale a pena acreditar na raça humana. São seres humanos que nunca viram as costas à vida, às pessoas, e que lutam de uma forma incrível nunca baixando os braços. Eu tenho a sorte, uma sorte terrível de ter conhecido seres deste calibre. Seres que não são deste mundo, mas que fazem parte da raça humana

-

E sim!, sem ironias; a raça humana ainda tem salvação. Se no meu mundo eu tive encontros imediatos de primeiro grau com estes seres humanos. Com toda a certeza que outros existem algures por aí.

-

Dia 5. Motores a trabalhar. Muitas histórias na bagagem. Muitos podres para contar sobre a raça humana. Ai!As gargalhadas. O sol do meu planeta. As saudades de ler os livros escritos na minha língua materna. Descrever os meus visitantes minuciosamente aos meus irmãos,arrazar a Coca-Cola Zero. Enfim, o descanso merecido. Absolutely No regrets!

-

Mas isto sou só eu.